O Problema Messiânico: O Jesus da
História e o Jesus Histórico
História e o Jesus Histórico
Aula 12
O Problema
Nos capítulos precedentes estudamos o retrato de
Jesus como encontrado nos Evangelhos Sinópticos. Encontramos, em várias
ocasiões nesse estudo, bases objetivas nos dados fornecidos pelos Evangelhos,
para crer que essa é uma descrição fundamentalmente precisa, ou seja, que o
retrato corresponde basicamente aos fatos da história de Jesus. ...muitos
estudiosos hoje em dia fazem restrições ao retrato que estabelecemos, com a
objeção de que ele representa a fé da igreja e não a história real acerca de
Jesus. Eles insistem em que devemos ir além do Jesus dos Evangelhos, o
qual, para eles, é essencialmente o mesmo que o Cristo da Fé, para
recuperar o Jesus histórico, isto é, um Jesus que não recebeu a
influência da fé.
Cristo da Fé X Jesus Histórico
Jesus Cristo, Cristo da Fé e o Jesus Histórico
O problema essencial é de Cosmovisão!
O problema essencial é o da transcendência. Jesus é descrito como um ser transcendente que está cônscio dessa
dimensão de transcendência. Por saber de uma forma única que é o Filho de Deus,
ela traz diretamente aos seres humanos a presença imediata de Deus.
O problema essencial é de Cosmovisão!
“Compreensão moderna”
O problema resume-se na compreensão moderna da
natureza da história. A rejeição do retrato apresentado nos Evangelhos não
resulta de um estudo objetivo, compreensivo e indutivo destes, mas de
pressuposições filosóficas a respeito da natureza da história e da natureza dos
Evangelhos. A História, reivindica-se, é exclusivamente o estudo da humanidade
e de suas experiências. Os Evangelhos, todavia, são testemunhos da fé em Deus e
do que essa fé acreditou que Deus havia realizado em Jesus. Uma vez que Deus
não é um personagem histórico, mas um ser transcendental, a história não pode
tratar da reivindicação da fé de que Deus estava realmente revelando a si mesmo
em Jesus de Nazaré. Portanto, o estudo histórico dos Evangelhos deve deixar
de lado esse postulado da fé, e recriar a história de Jesus de Nazaré em termos
puramente "históricos", isto é, não sobrenaturais.
A NATUREZA DOS EVANGELHOS
De início, devemos admitir claramente que os
Evangelhos foram escritos por homens de fé que pertenceram à comunidade de
crentes. Assim, eles não são relatos históricos "neutros ou
objetivos", se por neutros e objetivos quisermos nos referir a uma atitude
de indiferença, de alienação aos fatos. Eles são evangelhos - as boas-novas
do que Deus realizou em .Jesus." Um incrédulo não poderia ter escrito
um evangelho, pois poderia registrar as palavras e atos de Jesus, mas o
faria em um contexto de dúvida e ceticismo, em que consideraria Jesus como
um charlatão ou como alguém demente. A questão é: será que o fato dos
evangelistas serem homens crentes, dedicados, os leva a distorcer e registrar
maIos fatos da história? Muitos estudos a respeito de Jesus colocam a fé e a
história em categorias antitéticas. Tudo quanto nos Evangelhos corresponda à fé
cristã não pode ser historicamente digno de crédito. Este pressuposto,
entretanto, é falso. Exatamente o oposto pode ser verdadeiro; somente a fé
poderia realmente apreciar e registrar adequadamente o que aconteceu com o
Jesus da história. A maior parte dos historiadores hoje em dia admite que toda
boa história é uma história interpretada. A história que não for
interpretada, não é considerada história real, pois constitui-se somente de uma
crônica seca e sem sentido a respeito de pessoas, de lugares, de eventos e de
datas. A história procura sempre compreender o significado dos eventos que
registra; e o fato de alguém ter um ponto de vista, não significa que seja um
historiador pobre ou que distorça os fatos para dar suporte à sua
interpretação.
A Missão Messiânica
Aula 13
Marcos 10
45 Porque o Filho do homem também
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de
muitos.
História da Salvação
A missão messiânica de Jesus foi conduzir a
história do propósito redentor de Deus a uma grande crise. Jesus, por sua presença na terra e por meio de sua missão, introduziu na
história tal manifestação dos poderes do Reino de Deus, que sua consumação
futura e gloriosa foi garantida. Essa centralidade da pessoa e da obra de
Cristo na história da redenção é a chave de toda a Bíblia. O Novo
Testamento, como um todo, dá testemunho explícito desse fato e o Antigo
Testamento não pode ser propriamente entendido à parte dele.
O SIGNIFICADO DA CRUZ
Mt 26. 28
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado
por muitos, para remissão dos pecados.
Mc 10. 45
Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
Significados
A morte de Jesus é messiânica;
A morte de Jesus é expiatória;
A morte de Jesus é substitutiva;
A morte de Jesus é sacrificial;
A morte de Jesus é Escatológica;
A morte de Jesus—uma Vitória.
ROMANOS 11
36 Porque dele e por ele, e para
ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Caro Ivani:
ResponderExcluirVou comentar parte por parte o que vc comentou acima:
O que se tem do Jesus histórico são apenas desculpas para a sua não confirmação como figura histórica.
A existência de Jesus como pessoa histórica real é praticamente incontestável historicamente falando (não falando dele como Deus, ou filho de Deus), se vc contesta a existência de Jesus, quase tudo pode ser contestado, pois poucos personagens são tão citados em documentos históricos da época por cristãos e não cristãos. (Josefo, Suetônio, Eusébio de Cesaréia).
Quando não se tem um único motivo para justificar sua existência e diversos a contrariar, o que deve prevalecer?
Há vários motivos para justificar sua autenticidade histórica e retirar esta significa que não se pode acreditar em história nenhuma, pois nenhuma outra história foi tão bem documentada.
A religião percebida como um instrumento político é bem diferente de quando é percebida como um instrumento de aperfeiçoamento moral. A tendência é que ela seja apreciada preferencialmente pela segunda possibilidade. No entanto, é sob o ponto de vista secular que faço essa reflexão a respeito da origem do cristianismo.
Não olho para religião nem como política e nem como moral. Jesus veio para salvar o que havia se perdido, então creio que ele é meu Salvador dos meus pecados e não um revolucionário político, ou alguém ditador de novas regras morais, ele veio dar vida e desta vida gozo eu hoje.
Um abraço e agradeço o comentário; fui no link da editora, mas fala muito pouco sobre o livro. um abraço!
Quando iniciei minhas pesquisas acerca da origem do cristianismo eu já tinha uma ideia formada: nada de Bíblia, teologia e história das religiões. Todos os que haviam explorado esse caminho haviam chegado à conclusão alguma. Contidos num cercadinho intelectual, no máximo, sabiam que o que se pensava saber não era verdade. É isso o que a nossa cultura espera de nós, pois não gosta de indiscrições. Como o mundo não havia parado para que o Novo Testamento fosse escrito, o que esse mesmo mundo poderia me contar a respeito dessa curiosidade histórica? Afinal, o que acontecia nos quatro primeiros séculos no mundo greco-romano entre gregos, romanos e judeus?
ResponderExcluirhttp://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
Quando iniciei minhas pesquisas acerca da origem do cristianismo eu já tinha uma ideia formada: nada de Bíblia, teologia e história das religiões. Todos os que haviam explorado esse caminho haviam chegado à conclusão alguma. Contidos num cercadinho intelectual, no máximo, sabiam que o que se pensava saber não era verdade. É isso o que a nossa cultura espera de nós, pois não gosta de indiscrições. Como o mundo não havia parado para que o Novo Testamento fosse escrito, o que esse mesmo mundo poderia me contar a respeito dessa curiosidade histórica? Afinal, o que acontecia nos quatro primeiros séculos no mundo greco-romano entre gregos, romanos e judeus?
ResponderExcluirhttp://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver