Seguem os tópicos da palestra do Pr Henrique em nossa igreja(02/10/2011).
BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS
Comunidade Atos, no Méier
02 de Outubro de 2011
Henrique Araujo
PERSPECTIVA CLÁSSICA
- A Bíblia é a palavra de Deus, porque:
- Porque suas profecias se cumprem minuciosamente;
- Porque é inerrante;
- Porque é viva e transforma o homem;
- Porque é indestrutível: Dioclécio (303), Lênin, Stálin, Mao Tsé Tung, Inocêncio III não conseguiram;
- Porque é isenta de contradições;
- Porque se completa.
TEORIAS DE INSPIRAÇÃO
- Inspiração Mecânica ou Ditado;
- Inspiração Conceitual;
- Graus de Inspiração;
- Inspiração Natural ou Intuição;
- Inspiração Mística (reforçou talentos);
- Inspiração Verbal Plenária.
- A Bíblia apresenta diversos gêneros literários pela ação Divina respeitante ao ser humano;
- Ela não contém toda a verdade, mas tudo o que nela está é verdade.
LIBERALISMO TEOLÓGICO
- Proposta: Fazer a Bíblia compreensível ao homem moderno à luz das descobertas científicas contemporâneas; A Bíblia contém a palavra de Deus;
- Início: século XIX;
- Expoentes: Friedrich Schleiermacher, Adolf von Harnack, Albrecht Ritschl, Walter Rauschenbusch;
- Desdobramentos: Teologias Diversas; Escola da História das Religiões; Evangelho Social.
- Ondas: 1930; 1960; 2000.
CRITICISMO BÍBLICO
- Proposta Central: Examinar o texto bíblico coadunando-o com a ciência moderna;
- Início: final do século XVIII (1792) com Johann Salomo Semler;
- Método Histórico-Crítico;
- Consequências: Teoria da Fonte Quelle; Teoria dos Documentos Múltiplos; Vários Isaías;
- Desdobramentos: Crítica das Formas, Crítica das Fontes, Crítica da Redação
A OBSOLÊNCIA
Há muito o Liberalismo teológico já é considerado obsoleto na pesquisa bíblica mundial.
Entretanto, por desconhecimento ou deslumbramento, muitos ainda adotam a referida postura, fundamentando-se e entricheirando-se em um verdadeiro “fundamentalismo liberal” acusando qualquer discordante de fundamentalista, retrógrado ou pietista.
Na verdade, dados evidenciam o contrário:
HERMENÊUTICAS
- Histórico-Gramatical;
- Histórico-crítica;
- Estruturalista;
- Fundamentalista;
- Psicológica / Intuição;
- Existencialista;
- Demitologização;
- Marxista / materialista;
- Escola Russa (arte não neutra);
Dúvidas Comuns
1ª DÚVIDA
n Se a Bíblia é (e é) Palavra de Deus, fonte de Toda a Verdade, Revelação de Deus ao Homem, Tesouro Precioso, por que muitos não se empenham em conhecê-la?
n Incredulidade;
n Preguiça;
n Acomodação;
2ª DÚVIDA
n Se a Bíblia é uma só, por que tantas teologias?
n Porque teologias são interpretações sistematizadas dos textos bíblicos que tem, em sua formação, pressupostos, fontes e métodos diferentes, resultando em construções variadas. Buscando também responder a questões contemporâneas, a teologia é constantemente reescrita.
3ª DÚVIDA
n Que dizer das “contradições” da Bíblia?
n Na grande maioria dos casos, o erro está no leitor:
n Em sua subjetividade;
n Em sua falta de reflexão;
n Em seu grau de conhecimento:
n Histórico;
n Cultural;
n Literário:
n Antropomorfismos;
n Personificações;
n Paradoxos.
n Em outros casos há o entendimento gradual completivo – 2Sm 24.1 e 1Cr 21.1.
4ª DÚVIDA
n Que dizer de supostos “erros históricos e cronológicos” da Bíblia?
n As cópias podem ter erros;
n As traduções podem ter erros;
n Todos têm plena explicação e harmonização;
5ª DÚVIDA
n Que dizer da Bíblia em questões científicas como “o sol parou” se foi a terra que parou?
n Isto ocorre em virtude da limitação humana. A Bíblia utiliza a linguagem de seu tempo; explicar a partir da percepção epocal não significa erro, mas contextualização; é a mesma questão das emoções no rim ou no coração, símbolo este que, até hoje, utilizamos para falar das emoções; seria a mesma coisa que dizermos que todo o conhecimento antes da nanotecnologia ou do advento da física quântica está errado. Não estava errado, apenas precisava ser aprofundado para que fosse elucidado mais precisamente (Jó 38-41; Jo 16.12);
CONCLUSÃO
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda a boa obra.
2Timóteo 3.16 e 17
n CONTATOS
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pastorhenrique@uol.com.br
6ª DÚVIDA
n Então não poderíamos dizer que a linguagem de Jonas, Rute e do céu e inferno não é mitológica, pois era conhecimento epocal?
n Não, por várias razões:
n Porque nem tudo na História foi explicado por mito;
n Porque há evidências arqueológicas sobre os fatos;
n Porque Jesus utilizava linguagem simbólica quando necessário e tratava as histórias como fato histórico
7ª DÚVIDA
n Que dizer acerca dos textos de Jonas, Céu e Inferno, Jesus, ressurreição e ascensão, Milagres, Nascimento Virginal, Mar Vermelho, Dilúvio, dentre outros textos fantásticos? Seriam mitos?
n Estes textos são verossímeis e históricos. Salientamos as diferenças entre os mitos e a história:
n O mito é fantasioso – A história é real;
n O mito vale-se do fantástico – a história vale-se do realístico;
n O mito já era reconhecido como tal em tempo imediatamente posterior – a história permanece durante longo tempo;
n O mito tem uma estrutura – a história é variegada;
n O mito não tem indícios – a história apresenta raízes;
n O mito sem uma interpretação sobreposta não tem lógica em si mesmo – a história apresenta significado em si mesma;
n O mito precisa de fé para que se creia até na existência de suas personagens – a história apresenta apenas fatos pontuais nos quais se necessita de fé;
8ª DÚVIDA
n Que dizer então das tradições babilônicas, sumerianas, acadianas e as demais sobre a Criação, o Dilúvio e textos correlatos aos bíblicos?
n Nada demais. Assim como os indígenas têm sua origem ligada à diáspora e expansão de civilizações mongóis oriundas da Ásia, viajando pelo Estreito de Bering, as tradições bíblicas também se espalharam rapidamente pelo mundo conhecido, em outras versões.
9ª DÚVIDA
n Que dizer de textos que falam sobre a mentira ou em que o diabo fala, como os amigos de Jó ou o diálogo entre o diabo e Deus?
n O registro é inspirado para tirarmos lições importantes para a nossa vida; porém o diabo não foi inspirado ao proferir as palavras. A inspiração é do escritor, não da personagem.
10ª DÚVIDA
n Que dizer do texto de 1Co 7, em que Paulo diz: “Digo eu, não o Senhor”. Será que este texto não foi inspirado por Deus?
n O texto é inspirado por Deus. Quando Paulo profere esta assertiva sobre o assunto, ele quer dizer que Jesus não falara acerca deste assunto (assim como tantos outros). Entretanto, no verso 40, ele lembra que o Espírito de Deus está falando por meio dele.
11ª DÚVIDA
n A Bíblia citar outros livros (como os apócrifos) a invalida como Palavra de Deus?
n De modo algum. Assim como ela cita, em Judas, Enoque e Assunção de Moisés, também faz outras citações de livros: 1Co 10.4, 2Tm 3.8, 1Co 15.33, At 17.28, Ti 1.12; e de tábuas domésticas (Cl 3, 1Pe 3, Ef 5), catálogos (Gl 5.22, Fp 4.8, 1Tm 9-10), hinos (1Tm 3.16), doxologias (Rm 11.33-36), etc.
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