quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS

Queridos
Seguem os tópicos da palestra do Pr Henrique em nossa igreja(02/10/2011).


BÍBLIA: PALAVRA DE DEUS

Comunidade Atos, no Méier

02 de Outubro de 2011

Henrique Araujo

PERSPECTIVA CLÁSSICA

  • A Bíblia é a palavra de Deus, porque:
  • Porque suas profecias se cumprem minuciosamente;
  • Porque é inerrante;
  • Porque é viva e transforma o homem;
  • Porque é indestrutível: Dioclécio (303), Lênin, Stálin, Mao Tsé Tung, Inocêncio III não conseguiram;
  • Porque é isenta de contradições;
  • Porque se completa.

TEORIAS DE INSPIRAÇÃO

  • Inspiração Mecânica ou Ditado;
  • Inspiração Conceitual;
  • Graus de Inspiração;
  • Inspiração Natural ou Intuição;
  • Inspiração Mística (reforçou talentos);
  • Inspiração Verbal Plenária.
  • A Bíblia apresenta diversos gêneros literários pela ação Divina respeitante ao ser humano;
  • Ela não contém toda a verdade, mas tudo o que nela está é verdade.

LIBERALISMO TEOLÓGICO

  • Proposta: Fazer a Bíblia compreensível ao homem moderno à luz das descobertas científicas contemporâneas; A Bíblia contém a palavra de Deus;
  • Início: século XIX;
  • Expoentes: Friedrich Schleiermacher, Adolf von Harnack, Albrecht Ritschl, Walter Rauschenbusch;
  • Desdobramentos: Teologias Diversas; Escola da História das Religiões; Evangelho Social.
  • Ondas: 1930; 1960; 2000.

CRITICISMO BÍBLICO

  • Proposta Central: Examinar o texto bíblico coadunando-o com a ciência moderna;
  • Início: final do século XVIII (1792) com Johann Salomo Semler;
  • Método Histórico-Crítico;
  • Consequências: Teoria da Fonte Quelle; Teoria dos Documentos Múltiplos; Vários Isaías;
  • Desdobramentos: Crítica das Formas, Crítica das Fontes, Crítica da Redação

A OBSOLÊNCIA

Há muito o Liberalismo teológico já é considerado obsoleto na pesquisa bíblica mundial.

Entretanto, por desconhecimento ou deslumbramento, muitos ainda adotam a referida postura, fundamentando-se e entricheirando-se em um verdadeiro “fundamentalismo liberal” acusando qualquer discordante de fundamentalista, retrógrado ou pietista.

Na verdade, dados evidenciam o contrário:

HERMENÊUTICAS

  • Histórico-Gramatical;
  • Histórico-crítica;
  • Estruturalista;
  • Fundamentalista;
  • Psicológica / Intuição;
  • Existencialista;
  • Demitologização;
  • Marxista / materialista;
  • Escola Russa (arte não neutra);

Dúvidas Comuns

1ª DÚVIDA

n Se a Bíblia é (e é) Palavra de Deus, fonte de Toda a Verdade, Revelação de Deus ao Homem, Tesouro Precioso, por que muitos não se empenham em conhecê-la?

n Incredulidade;

n Preguiça;

n Acomodação;

2ª DÚVIDA

n Se a Bíblia é uma só, por que tantas teologias?

n Porque teologias são interpretações sistematizadas dos textos bíblicos que tem, em sua formação, pressupostos, fontes e métodos diferentes, resultando em construções variadas. Buscando também responder a questões contemporâneas, a teologia é constantemente reescrita.

3ª DÚVIDA

n Que dizer das “contradições” da Bíblia?

n Na grande maioria dos casos, o erro está no leitor:

n Em sua subjetividade;

n Em sua falta de reflexão;

n Em seu grau de conhecimento:

n Histórico;

n Cultural;

n Literário:

n Antropomorfismos;

n Personificações;

n Paradoxos.

n Em outros casos há o entendimento gradual completivo – 2Sm 24.1 e 1Cr 21.1.

4ª DÚVIDA

n Que dizer de supostos “erros históricos e cronológicos” da Bíblia?

n As cópias podem ter erros;

n As traduções podem ter erros;

n Todos têm plena explicação e harmonização;

5ª DÚVIDA

n Que dizer da Bíblia em questões científicas como “o sol parou” se foi a terra que parou?

n Isto ocorre em virtude da limitação humana. A Bíblia utiliza a linguagem de seu tempo; explicar a partir da percepção epocal não significa erro, mas contextualização; é a mesma questão das emoções no rim ou no coração, símbolo este que, até hoje, utilizamos para falar das emoções; seria a mesma coisa que dizermos que todo o conhecimento antes da nanotecnologia ou do advento da física quântica está errado. Não estava errado, apenas precisava ser aprofundado para que fosse elucidado mais precisamente (Jó 38-41; Jo 16.12);

CONCLUSÃO

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda a boa obra.

2Timóteo 3.16 e 17

n CONTATOS

www.teologiacontemporanea.com.br

pastorhenrique@uol.com.br

6ª DÚVIDA

n Então não poderíamos dizer que a linguagem de Jonas, Rute e do céu e inferno não é mitológica, pois era conhecimento epocal?

n Não, por várias razões:

n Porque nem tudo na História foi explicado por mito;

n Porque há evidências arqueológicas sobre os fatos;

n Porque Jesus utilizava linguagem simbólica quando necessário e tratava as histórias como fato histórico

7ª DÚVIDA

n Que dizer acerca dos textos de Jonas, Céu e Inferno, Jesus, ressurreição e ascensão, Milagres, Nascimento Virginal, Mar Vermelho, Dilúvio, dentre outros textos fantásticos? Seriam mitos?

n Estes textos são verossímeis e históricos. Salientamos as diferenças entre os mitos e a história:

n O mito é fantasioso – A história é real;

n O mito vale-se do fantástico – a história vale-se do realístico;

n O mito já era reconhecido como tal em tempo imediatamente posterior – a história permanece durante longo tempo;

n O mito tem uma estrutura – a história é variegada;

n O mito não tem indícios – a história apresenta raízes;

n O mito sem uma interpretação sobreposta não tem lógica em si mesmo – a história apresenta significado em si mesma;

n O mito precisa de fé para que se creia até na existência de suas personagens – a história apresenta apenas fatos pontuais nos quais se necessita de fé;

8ª DÚVIDA

n Que dizer então das tradições babilônicas, sumerianas, acadianas e as demais sobre a Criação, o Dilúvio e textos correlatos aos bíblicos?

n Nada demais. Assim como os indígenas têm sua origem ligada à diáspora e expansão de civilizações mongóis oriundas da Ásia, viajando pelo Estreito de Bering, as tradições bíblicas também se espalharam rapidamente pelo mundo conhecido, em outras versões.

9ª DÚVIDA

n Que dizer de textos que falam sobre a mentira ou em que o diabo fala, como os amigos de Jó ou o diálogo entre o diabo e Deus?

n O registro é inspirado para tirarmos lições importantes para a nossa vida; porém o diabo não foi inspirado ao proferir as palavras. A inspiração é do escritor, não da personagem.

10ª DÚVIDA

n Que dizer do texto de 1Co 7, em que Paulo diz: “Digo eu, não o Senhor”. Será que este texto não foi inspirado por Deus?

n O texto é inspirado por Deus. Quando Paulo profere esta assertiva sobre o assunto, ele quer dizer que Jesus não falara acerca deste assunto (assim como tantos outros). Entretanto, no verso 40, ele lembra que o Espírito de Deus está falando por meio dele.

11ª DÚVIDA

n A Bíblia citar outros livros (como os apócrifos) a invalida como Palavra de Deus?

n De modo algum. Assim como ela cita, em Judas, Enoque e Assunção de Moisés, também faz outras citações de livros: 1Co 10.4, 2Tm 3.8, 1Co 15.33, At 17.28, Ti 1.12; e de tábuas domésticas (Cl 3, 1Pe 3, Ef 5), catálogos (Gl 5.22, Fp 4.8, 1Tm 9-10), hinos (1Tm 3.16), doxologias (Rm 11.33-36), etc.

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