terça-feira, 24 de julho de 2012

Os Ofícios de Cristo (aula 5)


Aula 5 TNT II

Os Ofícios de Cristo

Os três cargos mais importantes que poderiam existir para o povo de Israel no Antigo Testamento eram: o profeta (como Natã, 2Sm 7.2), o sacerdote (como Abiatar, 1Sm 30.7) e o rei (como Davi, 2Sm 5.3). Esses três ofícios eram distintos. O profeta falava as palavras de Deus ao povo; o sacerdote oferecia sacrifícios, orações e louvores a Deus em favor do povo; e o rei governava o povo como representante de Deus. Esses três ofícios prefiguravam a própria obra de Cristo de várias maneiras.

A. Cristo como profeta

Os profetas do Antigo Testamento transmitiam a palavra de Deus ao povo. Moisés foi o primeiro grande profeta e escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco. Depois vieram outros que falaram e escreveram as palavras de Deus. Mas Moisés predisse que um dia viria outro profeta como ele.

B. Cristo como sacerdote

No Antigo Testamento, os sacerdotes eram designados por Deus para oferecer sacrifícios. Eles também ofereciam orações e louvores a Deus em favor do povo. Ao agir assim “santificavam” as pessoas, ou tornavam-nas aceitáveis à presença de Deus, se bem que de forma limitada durante o período do Antigo Testamento. No Novo Testamento, Jesus tornou-se nosso grande sumo sacerdote. Esse tema é bem desenvolvido na carta aos Hebreus, na qual vemos que Jesus atua como sacerdote de duas maneiras.

1. Jesus ofereceu um sacrifício perfeito pelo pecado.

O sacrifício que Jesus ofereceu pelos pecados não foi o sangue de animais como touros ou bodes: “... porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados” (Hb 10.4). Em vez disso, Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito: “... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26).

2. Jesus nos aproxima continuamente de Deus.

Os sacerdotes do Antigo Testamento não apenas apresentavam sacrifícios, mas também compareciam de modo representativo na presença de Deus, de tempos em tempos, em favor do povo. Mas Jesus faz muito mais do que isso. Como nosso perfeito sumo sacerdote, ele continuamente nos conduz à presença de Deus, de forma que não temos mais a necessidade de um templo em Jerusalém nem de um sacerdócio especial que se coloque entre nós e Deus.

3. Como sacerdote, Jesus ora continuamente por nós.

Outra função sacerdotal no Antigo Testamento era orar a favor das pessoas. O autor de Hebreus nos diz que Jesus também cumpre essa função: “... também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). Paulo afirma a mesma coisa quando diz que Cristo Jesus é aquele que intercede por nós (Rm 8.34).

C. cristo como rei

No Antigo Testamento o rei tinha autoridade para governar a nação de Israel. No Novo Testamento, Jesus nasceu para ser o Rei dos judeus (Mt 2.2), mas recusou todas as tentativas feitas pelo povo para fazê-lo um rei terreno com um poder militar e político terreno (Jo 6.15). Ele disse a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18.36).

D. Nosso papel como profetas, sacerdotes e reis

Se olharmos para a situação de Adão antes da queda e para a nossa situação futura com Cristo no céu por toda a eternidade, poderemos ver que esses papéis de profeta, sacerdote e rei têm paralelo com a experiência que Deus originariamente pretendia que o homem tivesse e serão cumpridos na nossa vida no céu.
Resumo da Teologia Sistemática de Waine Gruden, Ed Vida Nova

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