quinta-feira, 1 de março de 2012

Evangelhos Sinópticos (Aula 2 TNT)


Evangelhos Sinópticos[1] (Aula 2)

      Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) apresentam uma área de incerteza nos estudos do Novo Testamento. Estes livros foram chamados “Evangelhos Sinópticos”, desde que o termo foi usado pela primeira vez por J. J. Griesbach, em sua edição do Novo Testamento grego em 1774-1778. A palavra grega sunoráo significa ver junto, e chama atenção para o material comum a todos os três e indica que eles são melhor compreendidos quando estudados juntos. Mesmo uma leitura casual dos quatros primeiros livros do Novo Testamento mostrará que os três primeiros têm muita coisa em comum (representando uma tradição comum) e o quarto parece pertencer a outra tradição distinta. (Intr. ao  Estudo do NT; Juerp; Brodus)

João Batista: último profeta da Antiga Aliança
·         Mateus 3. 1-12;
·         Mc 6.18;
·         Jo 3. 26-27

João , o batista
      No período interbíblico, em lugar da voz viva dos profetas do SENHOR, surgiram duas correntes religiosas:1ª.  a religião dos escribas que  interpretava a vontade de Deus somente em termos de obediência à Lei escrita, interpretação feita pelos escribas;  2ª. e a religião dos apocalípticos que incorporavam à Lei suas esperanças numa salvação futura apocalíptica em que Deus reinaugurasse o Seu Reino. Esta literatura era usualmente colocada em um modelo pseudo-epigráfico(usar o nome de alguém famoso para validar o livro).

Sua atuação foi dentro dos moldes tradicional de um profeta.
Sua mensagem:
“ele anunciava (com autoridade profética recebida da Palavra de Deus) a grande ação interventora do SENHOR na história para manifestar o seu poder real, e que portanto, antecipadamente todos deveriam se arrepender, e como evidência submeterem-se ao batismo.” [Mt 3.2b Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus]
      Seu ministério criou uma Nova Expectativa, dá para imaginar, o clima, a reação do povo, diante de um profeta portador de uma mensagem vívida e carregada de autoridade divina.   Toda Judéia logo ficou sabendo, e multidões começaram a se dirigir para o rio Jordão, onde Ele pregava (Mc. 1.5) assim ouvindo-o se submetiam ao batismo e suas exigências (Mc. 11.32; Mt. 14.5)

A CRISE IMINENTE
      A iminente intervenção de Deus no Reino, a que João anunciou, envolvia:
Um duplo batismo seg.: Mt.3.11 e Lc. 3.16 (um simples batismo seg. :Mc. 1.8) Com o Espírito e com fogo.
      Um modo de compreender é o de que João anunciou um único batismo mas que inclui  dois elementos: purificação dos justos e a punição dos ímpios.
      Eu ainda creio que são dois símbolos para o mesmo evento. (Mc 1.8)

O BATISMO DE JOÃO
      A fim de preparar o povo para o Reino vindouro, João os conclamava
ao arrependimento e a que se submetessem ao batismo nas águas. O arrependimento (metanoia) é um conceito contido no Antigo Testamento e significa simplesmente voltar-se (süb) do pecado para Deus. Deus conclamou o povo apóstata de Israel: "Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos, e desviai o vosso rosto de todas as vossas abominações" (Ez. 14:6; veja 18:30; Is. 55:6- 7). A idéia da conversão é expressa pela frase de voltar ou retornar ao Senhor (Is. 19:22; 55:7; Ez. 33:11; Os. 14:1; Jl. 2:13).
      A palavra "conversão" expressa melhor a idéia do que a palavra
arrependimento. A palavra "arrependimento" sugere basicamente
tristeza pelo pecado; metanóia sugere uma mudança de pensamento; a concepção hebraica implica em dar uma volta completa em torno de todo seu corpo e voltar-se para Deus.

A ORIGEM DO BATISMO DE JOÃO
      Há semelhanças entre o batismo de João e o batismo de prosélitos judaicos: Em ambos os ritos, o iniciante era imergido ou imergia-se completamente na água.     Faziam uma confissão de rompimento ético com a sua maneira primitiva de viver e de dedicação numa nova vida.      O Rito era uma vez só realizado.
Batismo de João tinha por objetivo preparar o povo para a era vindoura — caráter escatológico.

JESUS E JOÃO
      Jesus explicou o significado do ministério de João conforme está registrado em Mateus 11.2 s.
 As pressuposições da interrogação de João:
-       “Quando João, no cárcere, ouviu falar das obras do Cristo.”(v. 2)
-       Duvidou  se de fato Jesus Cristo seria  aquele Messias esperado.

JOÃO BATISTA NO QUARTO EVANGELHO
      Neste Evangelho, a narrativa acerca de João é bem diferente das encontradas nos Sinópticos: João descreve o Messias como aquele que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).
É digna de nota a ênfase que João Batista dá a sua insignificância frente à majestade daquele que havia sido introduzido no mundo, em que, mesmo cumprindo cabalmente o seu papel, sabia que seu dever, agora, era de diminuir. Quem é este João, o batista[2]?




[1] Baseado em sua maior parte em Ladd em sua TNT, Broadus, Biblia RA Shedd e comentários e os acréscimos do autor do blog.
[2] A luz de João, o evangelista, João era: Jo 1. 6-9 testificador da Luz; 15-18 testemunha; 19-28 voz do que clama no deserto; 29-31 o manifestador de Jesus a Israel; 32-34 com Mt 3. 13-17/Mc 1.9-11/Lc 3. 21-22 o batizador de Jesus; 35-42 aquele que passa os seus discípulos a Jesus e no evangelho de João, os primeiros discípulos de Jesus, são ex discípulos de João; 3.22-30 o amigo do noivo que deve diminuir para que o noivo cresça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário