Dons Espirituais no contexto da liderança cristã
Leonir Oliveira
1. Pessoas sim, engrenagens não!
Tem havido muito alarde acerca dos dons espirituais nos últimos dias. Nas últimas décadas o problema girava em torno do falar ou não falar em línguas, como o assunto ganhou um novo contorno com a chegada dos neopentecostais, trocando a ênfase para “cura” ao invés do “dom de línguas”, a questão das línguas arrefeceu.
O novo contexto de discussão acerca dos dons vem do chamado Movimento de Crescimento de Igreja (MCI) que trouxe à tona a questão de novo e a “moda” em relação aos dons. O lado bom do movimento é que trouxe para os “tradicionais” uma nova visão e abertura a questão dos dons. Outra questão é que o MCI, de uma forma ou de outra, tem levantado a bola que todos deveriam trabalhar em seus dons espirituais com um dos lemas: “Pessoas Certas, nos Lugares Certos, pelas Motivações Certas[1]”. O problema maior, em meu ver, é que acaba que as pessoas não são vistas mais como pessoas e sim como ferramentas ou engrenagens em um grande sistema chamado igreja. Estas engrenagens, desde que façam o motor andar está tudo bem e acabam por ocupar cargos de liderança na igreja, muitas vezes, quebrados espiritualmente. Não vemos mais pessoas e sim dons, com isto se perde a essência da igreja que são pessoas em Cristo.
2. Como deveria ser a nossa postura em relação aos dons espirituais?
Creio que a resposta vem dos textos de Romanos 12. 1-8 e I Coríntios 12, 13 e 14. Vou usar, por conveniência, o texto de Romanos, pois dá uma boa ideia geral de em que ambiente os dons podem florescer.
Romanos 12
1 ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
3 Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 O amor seja não fingido.
A primeira questão relacionada aos dons é que eles devem ser exercidos no ambiente do amor. Tanto o texto de Romanos[2] com o de I Coríntios[3] tem o amor como pano de fundo. A grande motivação do cristão é o amor dispensado a ele por Cristo[4] e o dever de amá-lo de volta. A motivação do líder cristão deve ser servir em amor.
3. Qual seriam os passos então em relação ao exercício dos dons espirituais?
Minha atitude em relação aos dons espirituais, foi de intensa busca e de acreditar verdadeiramente neles. É preciso entender que: Quanto mais lhe for dado, mais lhe será cobrado. Quantos querem este desafio? Eu aceitei! Recebi do Senhor e tenho usado para a sua glória. Muitos nem sabe o que está pedindo. Tenho sofrido, tenho sido humilhado por aqueles que mais amamos. Mas, mesmo assim tem valido a pena servir esse Deus e ver pessoas sendo atingidas através dos dons recebidos pelo Senhor. TODA HONRA E GLÓRIA É DELE, POR ELE E PARA ELE. AMÉM! Aroldo Nery servo de Deus, por sua infinita bondade e misericórdia.
ResponderExcluirA ele sempre toda Glória
ResponderExcluirpaz