quinta-feira, 1 de março de 2012

A Necessidade do Reino: o Mundo e a Humanidade (Aula 3 TNT)

Caros alunos
Segue a Aula 3 de TNT
paz


A necessidade do Reino: o Mundo e a Humanidade
Aula 3
Introdução
  • Logo após o seu batismo por João, o Batista, Jesus iniciou o ministério de proclamar o Reino de Deus. Marcos descreve o princípio deste ministério com as palavras: “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o Reino de Deus” (Marcos 1:14,15).

Dualismo Escatológico
·         Os profetas do Antigo Testamento ansiavam pelo Dia do Senhor e por uma visitação divina para purificar o mundo do mal e do pecado, e para estabelecer o Reino perfeito de Deus na terra. No Antigo Testamento encontramos, pois, um contraste entre a presente ordem de coisas e a ordem redimida do Reino de Deus. A diferença entre a antiga e a nova ordem é discutida em termos diferentes, com graus diferentes de continuidade e descontinuidade entre as duas; Amós (9:13-15) descreve o Reino utilizando termos bem peculiares deste mundo, mas Isaías vê a nova ordem como novos céus e uma nova terra (Is. 65:17).
·         Cullmann expressa corretamente o ponto de vista de que o dualismo escatológico representa a sub-estrutura da história da redenção.O Novo Testamento não tem uma palavra apropriada para expressar o conceito de "eternidade", e não devemos pensar a respeito da eternidade como os gregos, como se não estivesse relacionada ao tempo. No pensamento bíblico, a eternidade significa o tempo sem fim. No helenismo, os homens ansiavam pela libertação do ciclo do tempo em um mundo além, onde não houvesse tempo, mas no pensamento bíblico o vocábulo tempo descreve a esfera da existência humana tanto agora como no futuro. A impressão dada pela tradução BJ em Apocalipse 10:6, "já não haverá mais tempo", não é mesma que a da RC, "não haveria mais demora", mais bem traduzida. O Novo Testamento como um todo expressa a idéia de eternidade pela frase eis ton aiõna, traduzida por "no eterno" (Mc. 3:29), ou eis toas ciiõnas (Lc. 1:33, 55), e algumas vezes eis tons aiõnas tõn aiõnõn (Hbl.8 Gl. 1:5; 1 Pe. 4:11; Ap.l:18) - "séculos dos séculos" (Hbl.8), traduzida por "para todo o sempre" (Gl. 1:5; 1 Pe. 4:11; Ap.l:18).

Século presente X Reino
·         O caráter da era presente é tal que permanece em oposição ao século futuro e ao Reino de Deus. Isto é demonstrado na parábola dos diferentes tipos de solo. O semeador lança a semente, que é "a palavra do reino" (Mt.l3:19). A palavra parece enraizar-se em muitas vidas, mas os cuidados da era presente (Mc. 4:19; Mt. 13:22) sufocam a palavra e ela se torna infrutífera. Segundo esse ponto de vista, esta era não é pecaminosa em si mesma; mas quando as preocupações da vida, características desta era, tornam-se o objeto principal de interesse, a ponto dos homens negligenciarem a mensagem do Reino de Deus, ela se torna uma era pecaminosa.
Resumo
  • Esta era presente, que abrange o período desde a criação até o Dia do Senhor, que nos Evangelhos é designada em termos da parousia de Cristo, a ressurreição e o julgamento, é a era da existência humana em fraqueza e mortalidade, do mal, do pecado e da morte. O século futuro será a realização de tudo aquilo que o Reino de Deus significa - será a era da ressurreição para a vida eterna no Reino de Deus. Tudo, nos Evangelhos, aponta para a idéia de que a vida no século futuro será uma vida na terra - porém transformada pelo domínio real de Deus quando seu povo começar a desfrutar as bênçãos divinas em toda sua plenitude (Mt. 19:28).
  • Portanto, quando Jesus proclamou o Reino de Deus, Ele o fez baseado no pensamento hebreu-judaico que considerava os homens vivendo em uma situação dominada pelo pecado, pelo mal e pela morte, da qual precisavam ser resgatados.




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