Aula 3 TNT II
A PESSOA DE CRISTO (parte I)
A redenção do pecado da humanidade devia ser
efetuada através de um Mediador que une em si tanto a natureza humana como a
divina para que possa reconciliar Deus com o homem e o homem com Deus. Para
facilitar o entendimento da doutrina escriturística sob consideração, convém,
de início, apresentar um breve exame histórico dos pontos de vista relativos à
pessoa de Cristo.
Como já vimos, na história da doutrina, as crenças
defendidas para a solução no início são apenas gradualmente precipitadas e
cristalizadas em fórmulas definidas. A primeira pergunta que os cristãos
naturalmente faziam a si mesmos era: "que pensais vós do Cristo?"
(Mt. 22.42); daí a sua relação com o Pai; a seguir, na devida sucessão, a
natureza do pecado, da expiação, da justificação, da regeneração. Estabelecendo
conexão destas perguntas com os nomes dos grandes líderes que procuravam
respectivamente responder-lhes, temos:
1. a Pessoa de Cristo tratada por Gregório
Nazianzeno (328);
2. a Trindade por Atanásio (325-373);
3. o pecado por AGOSTINHO(3 53-430);
4. Expiação por ANSELMO (1033-1109);
5. Justificação pela fé por Lutero (1485- 1560);
6. Regeneração por João Wesley (1703-1791 );
-seis dias de teologia, deixando só o sétimo, para a
doutrina do Espírito Santo, que pode ser obra dos nossos dias. Jo. 10.36
-"aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo" -indica um certo
processo misterioso através do qual o Filho foi preparado para a sua missão.
Atanásio: "Se o Verbo de Deus está no mundo, em corpo, como estranho é
afirmar que ele também entrou na humanidade!" Este é o fim natural da
evolução do inferior para o superior.
LEVANTAMENTO HISTÓRICO DOS PONTOS DE VISTA
RELATIVOS À PESSOA DE CRISTO
Tabela 1 (Resumão)
I. Os
Ebionitas ( = 'pobre'; 107 A.D. ?) negavam a natureza divina de Cristo, e
sustentavam que ele era apenas homem, quer concebido natural, quer
sobrenaturalmente. Contudo, tal homem tinha uma relação peculiar com
Deus, na qual, desde a época do batismo, uma
plenitude desmedida do Espírito Divino repousava sobre ele. O ebionismo era
simplesmente um judaísmo sob o disfarce da igreja cristã e a negação da
divindade de Cristo ocasionada pela aparente incompatibilidade com o
monoteísmo.
Furst (Léxico Hebraico) deriva o nome ebionita da
palavra que significa 'pobre'; ver Is. 25.4- "porque foste fortaleza do
pobre"; Mt. 5.3 -"Bem-aventurados os pobres de espírito".
Significa "almas opressas, piedosas". Epifânio as faz remontar aos
cristãos que se refugiaram, 66 A.D., em Pela pouco antes da destruição de
Jerusalém. Eles duraram até o quarto século. DORNER não atribui nenhuma época
para a formulação da seita, nem atribui historicamente a liderança a qualquer
pessoa.. Não se tratava de um cristianismo judaico, mas uma divisão dele. Havia
dois grupos de ebionitas:
a) Os
nazarenos, que defendiam o nascimento sobrenatural de Cristo, não iam além
de admitir a hipóstase do Filho. Menciona-se que eles tinham o Evangelho
segundo Mateus em Hebraico.
b) Os de
Cerinto, que punham o batismo de Cristo em lugar do seu nascimento sobrenatural,
e faziam a filiação ética a causa da física. Segundo eles parece uma fábula que
o Filho de Deus tivesse nascido de uma virgem. Não há nenhuma união pessoal
entre o elemento divino e o humano em Cristo. Cristo, distinto de Jesus, não
era somente uma força impessoal que desceu sobre Jesus, mas uma hipóstase
preexistente acima das forças terrenas criadas. Os Ebionitas de Cerinto que, no
todo, representam melhor o espírito do ebionismo, aproximavam-se do farisaísmo
judaico e eram hostis aos escritos de Paulo. A Epístola aos Hebreus, de fato,
pretende atacar uma tendência ebionita de valorizar excessivamente a lei e
subestimar Cristo. Contudo, Em um ponto de vista completo, contudo, convém
mencionar que:
c) O
Ebionismo Gnóstico dos pseudo-clementinos, que, com o fim de destruir a
divindade de Cristo e salvar o assim chamado monoteísmo puro, da religião
primitiva, abandonou até a melhor parte do Velho Testamento. Em todas as suas formas,
o Ebionismo concebe Deus e o homem exteriores um ao outro. Deus não podia originar-se
do homem. Cristo não passava de um profeta ou mestre, que, em recompensa da sua
virtude, desde o tempo do batismo, era dotado do Espírito. Após a sua morte,
foi elevado a condição de rei. Mas isto não justifica a adoração que a igreja
lhe tributa. Um simples mediador nos separaria de Deus, ao invés de unir-nos a
ele. ..
2. Docetistas
(dokeo -'parecer', 'aparentar'; 70-170A.D.) corno a maioria dos gn6sticos no
século II e os maniqueístas no século II~ negavam a realidade do corpo de
Cristo. Este ponto de vista era a sequência lógica da suposição de que o mal é
inerente à matéria. Se a matéria é má e Cristo era puro, então o corpo humano
de Cristo deve ter sido meramente fantástico. O docetismo era simplesmente uma
filosofia pagã introduzida na igreja.
O gnóstico Basílides defendia um Cristo realmente
humano, a quem o nous divino se uniu através do batismo; mas os seguidores de
Basílides se tornaram docetistas. Para eles o corpo de Cristo era só aparente.
Na verdade não tinha vida nem morte. Valentino tornou o Eon, Cristo, um corpo
puramente pneumático e digno dele, passar pelo corpo da Virgem, Como água através
do caniço, sem tomar para si nada da natureza humana através da qual ele
passou; ou como o raio de luz através do vidro colorido que só dá à luz uma
parte da sua sombra. A vida de Cristo é somente uma teofania. Os patripassianos
e os sabelianos, que eram somente seitas do docetismo, negavam toda a
humanidade real de Cristo. MASON, Faith of lhe Gospel, 141 -"Ele tece os espinhos
da morte e da vergonha 'como uma vereda triunfal", cuja aspereza nunca
sentiu. O seu desenvolvimento é apenas exterior e aparente.
Não se lhe pode atribuir ignorância alguma em meio à
onisciência de Deus". Shelley: "A sua forma mortal É como o vapor
nebuloso Que o planeta do Oriente anima com a luz". O forte argumento
contra o docetismo encontra-se em Hb. 2.14 -"Visto que os filhos
participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas".
O fato de que o docetismo apareceu bem cedo mostra a impressão que Cristo
causou de ser um sobre-humano. Entre muitos dos gnósticos, a filosofia que
fornece a base do seu docetismo é a apoteose do mundo. Deus não precisa
tornar-se homem para ser essencialmente divino. Este ponto de vista e o erro oposto
do já mencionado judaísmo mostram a sua insuficiência nas tentativas de
combinar um com o outro, como na filosofia alexandrina.
3. Os Arianos
(Ário, condenado em Nice, 325) negavam a integridade da natureza divina em
Cristo. Eles consideravam o Logos que se uniu à humanidade em Cristo, não como
possuído de divindade absoluta, mas como o primeiro e mais elevado dos seres
criados. Este ponto de vista originou-se numa falsa interpretação dos relatos
escriturísticos do estado de humilhação de Cristo e no equívoco da subordinação
temporária com a desigualdade original e permanente
DORNER chama O arianismo uma reação contra o
sabelianismo. Sabélio .Cristo reduziu a encarnação de Cristo a um fenômeno
temporário. Ário pensava acentuar a hipóstase do Filho e atribuir-Ihe fixidez e
substância. Mas, na sua mente, a realidade da filiação parecia requerer
subordinação ao Pai.
ORíGENES pensava na subordinação do Filho ao Pai em
conexão com a doutrina da geração eterna. Ário sustentava a subordinação e
também a geração, mas esta, ele declarava que não podia ser eterna, mas
limitada ao tempo.
4. Os
Apolinaristas (Apolinário, condenado em Constantinopla, 381) negavam a
integridade da natureza humana de Cristo. Segundo este ponto de vista, Cristo,
de modo nenhum, tinha um nous ou pneuma humanos além daquele concedido pela
natureza divina. Cristo tinha só o soma e psichê humanos; o lugar do nous e
pneuma humanos foi preenchido pelo Logos divino. O apolinarismo é uma tentativa
de construir a doutrina da pessoa de Cristo nas formas da tricotomia platônica.
Para que a divindade não parecesse um elemento
estranho, quando acrescido a esta humanidade reduzida, Apolinário dizia que
havia uma tendência eterna para o elemento humano no próprio Logos; que em Deus
estava a verdadeira humanidade; que o Logos é o homem eterno, arquétipo. Mas
não existe esta coisa de tornar-se homem -só há uma manifestação da carne da qual
o Logos já era. Deste modo temos um Cristo de cabeça grande, mas com corpo de
anão. JUSTINO MARTIR precedeu Apolinário neste ponto de vista. Ao opor-se a
isto, os Pais da igreja diziam que, o que "o Filho de Deus não tomou para
si, não o santificou". DORNER, Jahrbuch f. d. Theol., 1.397-408- Na teoria
ariana, a impossibilidade de unificar duas almas finitas conduziu finalmente à
negação [apolinarista] da alma humana de Cristo. O pensamento de Apolinário é
que o Verbo eterno uniu em si, não uma natureza completa, mas uma natureza
animal irracional humana. SIMON,( Reconciliation, 329) -é quase apolinarista
quando sustenta que o Logos encarnado era humano, mas não um homem. Ele
constitui o homem, autolimitado, de modo a poder salvar aquele a quem deu a
vida. GORE, Incarnation, 93- "Apolinário sugere que o arquétipo da
humanidade existe em Deus, que fez o homem à sua imagem, de modo que a natureza
deste, em certo sentido, preexistia em Deus. O Filho de Deus é eternamente
humano e pode preencher o lugar da mente humana em Cristo sem deixar de ser, em
certo sentido, divino. ...A isto a igreja se opunha; o homem não é Deus e nem
Deus um homem. O primeiro princípio do teísmo é de que a humanidade, no fundo,
não é a mesma coisa que Deus. Este é um princípio intimamente ligado à
responsabilidade do homem e à sua realidade. Estavam em jogo os interesses do teísmo",
5. Os
Nestorianos (Nestório, exonerado do patriarcado de Constantinopla, 431)
negavam a união real entre as naturezas divina e humana em Cristo, tomando-a
mais unidade moral do que orgânica. Recusavam-se, portanto, a atribuir à unidade resultante os atributos de cada
natureza e consideravam Cristo como um homem numa relação bem próxima com Deus.
Assim eles sustentavam virtualmente duas naturezas e duas pessoas ao invés de
duas
naturezas
em uma pessoa.
Nestório não gostava da expressão: "Maria, mãe
de Deus". A declaração de Calcedônia declarava sua verdade, com o
significativo acréscimo: "quanto à sua humanidade". Nestório fazia
Cristo um templo de Deus. Ele cria na junção e moradia, mas não união absoluta-
Ele se excedeu na analogia da união do crente com Cristo e separou tanto quanto
pôde o elemento divino do humano. A união que ele aceitava é moral, e considera
Cristo simplesmente Deus e homem, em vez de Deus-homem. João Damasceno comparou
a paixão de Cristo ao sentimento de uma árvore sobre a qual brilha o sol- O
machado derruba a árvore, mas não danifica os raios solares. Assim os golpes
desferidos contra a humanidade de Cristo não ferem a sua deidade; conquanto a
carne sofra, a deidade permanece impassível. Contudo, esta não deixa nenhuma
eficácia divina nos sofrimentos humanos e nenhuma união pessoal do elemento
humano com o divino. O erro de Nestório surge de um nominalismo filosófico que
se recusa a conceber a natureza sem a pessoal idade. Ele tão somente cria mais
numa união local ou moral, como é a união matrimonial, em que os dois se tornam
um; ou como o estado, que às vezes é chamado de uma pessoa moral, porque sua
unidade se compõe de pessoas. "Não há necessidade alguma de um nascimento
virginal, -para assegurar um pai sem pecado do mesmo modo que uma mãe também
pura. O nestorianismo sustenta que não há encarnação real- só uma aliança entre
Deus e o homem. Deus e o homem unem-se do mesmo modo que a formação das siamesas,
Chang e Eng. Mas a encarnação não é apenas um grau mais elevado da união
mística". GORE, Incarnation, 94- Nestório adotou e popularizou a doutrina
do famoso comentador Teodoro de Mopsuéstia. Mas o Cristo de Nestório era tão
somente um homem deificado, não um Deus encarnado; ele era debaixo, não de
cima. Se ele fosse exaltado até unir-se à essência divina, sua exaltação seria
apenas a de um indivíduo".
6. Os
Eutiquianos (Eutiques, condenado em Calcedônia, 451) negavam a distinção e
coexistência das duas naturezas e defendiam uma mistura de ambas o que
constituía um tertium quid, uma terceira natureza. Visto que neste caso o divino
deve sobrepor o humano, segue-se que o
humano foi realmente absorvido ou transmudado no divino, apesar de que o
divino não ficou sendo em todos respeitos o mesmo, após a união, que se deu
anteriormente. Os eutiquianos foram chamados de monofisitas porque virtualmente reduziam as duas naturezas a uma.
Eles eram uma escola alexandrina que incluía monges
de Constantinopla e do Egito. Empregavam as palavras σuγχuσις ε μεταβολε , mescla ε transformação -para descrever a
união das duas naturezas de Cristo. A humanidade ligada à divindade era uma
gota de mel mesclada ao oceano. Houve uma mudança em qualquer dos elementos,
mas do mesmo modo que uma pedra atrai a terra, ou um meteorito, o sol ou,
quando um barquinho empurra um navio, todo o movimento era virtualmente na
parte do objeto menor. Deste modo a humanidade foi absorvida pela divindade,
para desaparecer. Ilustrou-se Dora união com o elétron, um metal formado de
prata e de ouro. Uma ilustração mais moderna seria a da união química de um
ácido e um alcalino, para formar um sal diferente dos seus constituintes. Com
efeito, esta teoria nega o elemento humano e, com isso, a possibilidade da
expiação, da parte da natureza humana, assim como da união real do homem com
Deus. Tal união mágica das duas naturezas, como Eutiques descreve, é
inconsistente com qualquer homem digno da parte do Logos; a humanidade está bem
próxima tanto do elemento ilusório como na teoria do docetismo. MASON, Faith of
the Gospel, 140- "Isto não só faz Deus, mas também a humanidade algo um
tanto estranho -alguma natureza inominável, em posição intermédia -a fabulosa
natureza de um semideus semihumano", como o Centauro.
O autor de "A Teologia Alemã" diz que
"a natureza de Cristo era totalmente despojada se si mesma e não era nada
mais que uma casa e habitação de Deus". Os místicos teriam personalidade
humana de tal modo completa com o órgão da personalidade divina que podemos ser
para Deus o que a mão é para o homem" e que "eu" e
"meu" podem deixar de ter qualquer sentido. Ambos pontos de vista têm
um sabor de eutiquianismo. Por outro lado, o unitário diz que Cristo é
"simplesmente um homem". Mas não pode haver essa coisa de simples
homem sem algo acima e além dele, autocentrado e automovimentado. O trinitário
às vezes se declara crer que Cristo é Deus e homem, implicando dessa forma em
duas substâncias. O melhor é dizer que o Deus-homem manifesta todos os poderes
divinos e qualidades de que todos os homens e toda a natureza são corpos
parciais. A futura pesquisa parece mostrar que a história esgotou as
possibilidades de heresia e que as negações futuras da doutrina da pessoa de
Cristo devem ser, na essência, formas dos ponto de vista já mencionados. Todas
controvérsias com relação à pessoa de Cristo devem, necessariamente, girar em
torno de três pontôs:
1) a realidade das duas naturezas;
2) a integridade das duas
naturezas;
3) a união das duas naturezas em uma só pessoa. O
ebionismo e o docetismo negam a realidade das naturezas; o arianismo e o
apolinarismo negam a sua integridade; o nestorianismo e o eutiquianismo negam a
propriedade de sua união. Em oposição a todos esses erros, a doutrina ortodoxa
tem a sua base e sustenta-a até hoje.
Podemos aplicar a esta matéria o que o DA. A. P.
PEABODY disse numa conexão diferente: "O cânon da infidelidade estava
encerrado quase tão logo
foi o das Escrituras" -os modernos descrentes
têm, na maioria, repetido as objeções dos seus antigos predecessores. BAOOKS,
Foundations of Zoõlogy, 126- "Como uma granada que deixou de explodir é
recolhida em algum campo de batalha, por alguém sem experiência e que a faz
explodir no seio de sua própria família, com resultados desastrosos, assim uma
destas crenças abandonadas pode danificar a cabeça de alguma família
intelectual para confusão daqueles que o seguem como líder".
7. A Doutrina
Ortodoxa (promulgada em Calcedônia, 451) sustenta que na pessoa de Cristo
há duas naturezas, uma humana e uma divina, cada uma em sua plenitude e
integridade e que estas duas naturezas estão orgânica e indissoluvelmente unidas
sem, contudo, resultarem daí uma terceira natureza. Em resumo, para usar o dito
antigo, a doutrina ortodoxa proíbe-nos tanto de dividir a pessoa como confundir
as naturezas. Contudo, temos que demostrar que esta doutrina é escriturística e
racional. Podemos com mais facilidade por em ordem nossas provas reduzindo os
três pontos mencionados a dois, a saber:
1) realidade e integridade das duas naturezas;
2) união
das duas naturezas em uma só pessoa.
A fórmula de Calcedônia é negativa, com exceção da
sua declaração de um Evrocr\ç ú1tocrtat\Ki]. Ela procede das naturezas e
considera que o resultado da união é a pessoa. Considera-se cada uma das duas
naturezas em movimento recíproco. O símbolo nada diz de uma àvu1tocrtacría da natureza
humana, nem diz que o Logos fornece o ego na personalidade. contudo, João
Damasceno adiantou-se a estas conclusões e Pedro Lombardo usou a sua obra,
traduzida para o Latim, e estabeleceu os pontos de vista da igreja do Ocidente
na Idade Média. DORNER considera que isto causou o surgimento da mariolatria,
da invocação dos santos e da transubstanciação na Teologia da Igreja Católica
Romana. Ver PHlLIPPI, Glaubenslehre, 4.189 ss.; DORNER, Penson
Christ, 1.93-119 e Glaubenslehre, 2.320,328 ( Syst. Doctrine, 3.216-223), em cuja
última passagem pode-se encontrar valiosa matéria relativa aos mutantes
empregos das palavras, προσοπον,
uποστασισ, οuσια.
GORE, Incarnation, 96, 101 -"Estas decisões tão
somente expressam, numa nova forma, sem qualquer acréscimo substancial, o
ensino apostólico apresentado no Novo Testamento. Expressam-no numa nova forma,
tendo em vista a proteção dos propósitos do mesmo modo que a promulgação legal protege
um princípio moral. São desenvolvimentos apenas no sentido de que representam o
ensino apostólico elaborado em fórmulas com o auxílio de uma terminologia
alimentada pela dia/ética grega. ...O que a igreja tomou emprestado ao
pensamento grego é a sua terminologia, não a substância do seu credo. Mesmo com
relação à sua terminologia devemos fazer uma importante ressalva; porque o
cristianismo deu ênfase à pessoal idade de Deus e do homem com que o helenismo
pouco se preocupou".
Teologia Sistemática do Strong Ed. Hagnos
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