Aula 5 TNT II
Os Ofícios de Cristo
Os três cargos mais
importantes que poderiam existir para o povo de Israel no Antigo Testamento
eram: o profeta (como Natã, 2Sm 7.2),
o sacerdote (como Abiatar, 1Sm 30.7)
e o rei (como Davi, 2Sm 5.3). Esses
três ofícios eram distintos. O profeta falava as palavras de Deus ao povo; o
sacerdote oferecia sacrifícios, orações e louvores a Deus em favor do povo; e o
rei governava o povo como representante de Deus. Esses três ofícios
prefiguravam a própria obra de Cristo de várias maneiras.
A. Cristo como profeta
Os profetas do Antigo
Testamento transmitiam a palavra de Deus ao povo. Moisés foi o primeiro grande
profeta e escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco. Depois
vieram outros que falaram e escreveram as palavras de Deus. Mas Moisés predisse
que um dia viria outro profeta como ele.
B. Cristo como sacerdote
No Antigo Testamento,
os sacerdotes eram designados por Deus para oferecer sacrifícios. Eles também
ofereciam orações e louvores a Deus em favor do povo. Ao agir assim
“santificavam” as pessoas, ou tornavam-nas aceitáveis à presença de Deus, se
bem que de forma limitada durante o período do Antigo Testamento. No Novo
Testamento, Jesus tornou-se nosso grande sumo sacerdote. Esse tema é bem
desenvolvido na carta aos Hebreus, na qual vemos que Jesus atua como sacerdote
de duas maneiras.
1. Jesus
ofereceu um sacrifício perfeito pelo pecado.
O sacrifício que Jesus
ofereceu pelos pecados não foi o sangue de animais como touros ou bodes: “...
porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados” (Hb 10.4).
Em vez disso, Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito: “... ao se
cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado”
(Hb 9.26).
2. Jesus
nos aproxima continuamente de Deus.
Os sacerdotes do Antigo
Testamento não apenas apresentavam sacrifícios, mas também compareciam de modo
representativo na presença de Deus, de tempos em tempos, em favor do povo. Mas
Jesus faz muito mais do que isso. Como nosso perfeito sumo sacerdote, ele
continuamente nos conduz à presença
de Deus, de forma que não temos mais a necessidade de um templo em Jerusalém
nem de um sacerdócio especial que se coloque entre nós e Deus.
3. Como
sacerdote, Jesus ora continuamente por nós.
Outra função sacerdotal
no Antigo Testamento era orar a favor das pessoas. O autor de Hebreus nos diz
que Jesus também cumpre essa função: “... também pode salvar totalmente os que
por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles” (Hb 7.25). Paulo afirma a mesma coisa quando diz que
Cristo Jesus é aquele que intercede por nós (Rm 8.34).
C. cristo como rei
No Antigo Testamento o
rei tinha autoridade para governar a nação de Israel. No Novo Testamento, Jesus
nasceu para ser o Rei dos judeus (Mt 2.2), mas recusou todas as tentativas
feitas pelo povo para fazê-lo um rei terreno com um poder militar e político
terreno (Jo 6.15). Ele disse a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o
meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que
não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo
18.36).
D. Nosso papel como profetas, sacerdotes e reis
Se olharmos para a
situação de Adão antes da queda e para a nossa situação futura com Cristo no
céu por toda a eternidade, poderemos ver que esses papéis de profeta, sacerdote
e rei têm paralelo com a experiência que Deus originariamente pretendia que o
homem tivesse e serão cumpridos na nossa vida no céu.
Resumo da Teologia Sistemática de Waine Gruden, Ed Vida Nova
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