terça-feira, 24 de julho de 2012

O Quarto Evangelho (O problema crítico) aula 1

Teologia do Novo Testamento II
Prof. Leonir Oliveira

Trabalhos

1º. Bimestre
Resumo: Capítulo 16 (O Problema Crítico) até o cap. 26 (a Igreja); Data da primeira Prova
2º. Bimestre
Capítulo 6 (O Mistério do Reino) até o cap. 14 (Escatologia); Data da segunda Prova (Fichamento) com declaração de que leu os capítulos;

prleonir.blogspot.com


O Quarto Evangelho
Teologia do Novo Testamento II(TNT II)
2º. Semestre
Aula 1
A)    Há diferenças entre os Sinópticos e João? Quais são as principais?
1.      Introdução;
2.      Local de ministério:
a.       Sinópticos: maior parte na Galiléia;
b.      João: visitas a Jerusalém;
3.      Tempo:
a.       Sinópticos: registram eventos dentro de 1 ou 2 anos;
b.      João: menciona 3 ou 4 páscoas(2.13; 6.4; 13.1; e possivelmente 5.1);
4.      O Quarto Evangelho deixa de mencionar importantes eventos encontrados nos Sinópticos: o nascimento de Jesus, o batismo, a transfiguração, a expulsão de demônios, a agonia no Getsêmani, a última ceia, o discurso no Monte das Oliveiras;
5.      Estilo literário: Parábolas X Discursos;
6.      Ego eimi.
B)    Uma Teologia ou Teologias?
Questões...
Até que ponto a teologia do Quarto Evangelho é a teologia de João, e não a de Jesus? Até que ponto é possível que o ensinamento de Jesus tenha sido tão assimilado pela mente de João que seria possível dizer que o que temos é uma interpretação Joanina, em lugar de uma representação precisa do próprio ensino de Jesus?

C)    Poderíamos ter três Teologias?
                   I.            Sinópticos— Tensão entre presente e futuro;
                II.            João— Tensão entre o acima e abaixo, céu e terra (Jo 8. 23; veja 3.12); luz e trevas (18.36);
             III.            Paulo— Evangelho do Reino X Evangelho de Cristo.



D)    Possíveis influências:
                   I.            Helenização: “...o Evangelho de João foi 'o Evangelho dos Helenistas', escrito por um pensador grego para os gregos; assinalando um ponto decisivo na helenização da fé cristã“;
                II.            Hermética: “... bem semelhante à linguagem peculiar da Hermética - uma coleção de escritos religiosos produzidos no Egito, provavelmente, nos segundo e terceiro séculos. Esses escritos têm muito a dizer sobre a luz e a vida, sobre a palavra e sobre a salvação por meio do conhecimento, bem como sobre regeneração ou novo nascimento;”
             III.            Gnosticismo[1];
             IV.            Essênios[2].

E)     CONCLUSÃO
As semelhanças entre João e Qumran provam, no mínimo, que a fraseologia e as ideias do Quarto Evangelho poderiam ter surgido na Palestina no principio do primeiro século d.C. Esse fato, entretanto, não responde à questão do porquê o Quarto Evangelho assumiu uma forma distinta. A tese de que o Evangelho deve ser compreendido como um produto do pensamento filosófico ou gnóstico helenístico tem pouca consistência para ser recomendada." Entretanto, as semelhanças entre João e o pensamento helenístico popular dificilmente podem ser consideradas acidentais, apesar das semelhanças com os escritos de Qumran. A melhor solução parece ser que o evangelho de João foi escrito, conforme sugere a tradição patrística, no final do primeiro século, para refutar uma tendência gnóstica na Igreja. Uma indicação pode ser encontrada na Primeira Epístola, que provavelmente teve a mesma origem do Evangelho: a negação de que Jesus tivesse vindo em carne (1 Jo. 4:2). Havia falsos mestres na igreja, que incorporaram o espírito do anticristo (1 Jo. 2: 18-19) e negaram o verdadeiro messiado de Jesus. Se o Evangelho, da mesma forma que a primeira Epístola.” foi escrito para refutar um gnosticismo incipiente, fica claro a razão para sua mensagem e terminologia particular. João utiliza palavras e ideias familiares aos circulos gnósticos para refutar essas próprias tendências gnósticas.


F)   História Teológica X Teologia da História
  Se os Sinópticos nos trazem a história teológica, o Quarto Evangelho nos oferece a teologia da história. As duas palavras, história e teologia, são necessárias em ambos os casos. O nível de elaboração de João em relação aos principais elementos da tradição nos transmitem de modo infalível a importância do Jesus histórico para a Igreja do tempo presente. E nesse sentido podemos ter a certeza de que seu relato é verdadeiramente fidedigno.
 1.  História Teológica— foco na história interpretação teológica;
  2. Teologia da História— foco na teologia sem deixar de contar a história. 



[1] Matéria no blog sobre Grupos Religiosos
[2] Matéria no blog sobre Grupos Religiosos

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