Teologia do Novo Testamento II
Prof. Leonir Oliveira
Trabalhos
1º. Bimestre
Resumo: Capítulo 16 (O Problema Crítico) até o cap. 26
(a Igreja); Data da primeira Prova
2º. Bimestre
Capítulo 6 (O Mistério do Reino) até o cap. 14
(Escatologia); Data da segunda Prova (Fichamento) com declaração de que leu os
capítulos;
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O Quarto Evangelho
Teologia do Novo Testamento II(TNT II)
2º. Semestre
Aula 1
A) Há diferenças entre os Sinópticos e João? Quais são as principais?
1. Introdução;
2. Local de ministério:
a. Sinópticos: maior parte na Galiléia;
b. João: visitas a Jerusalém;
3. Tempo:
a. Sinópticos: registram eventos dentro de 1 ou 2 anos;
b. João: menciona 3 ou 4 páscoas(2.13; 6.4; 13.1; e possivelmente 5.1);
4. O Quarto Evangelho deixa de mencionar importantes eventos encontrados
nos Sinópticos: o nascimento de Jesus, o batismo, a transfiguração, a expulsão
de demônios, a agonia no Getsêmani, a última ceia, o discurso no Monte das
Oliveiras;
5. Estilo literário: Parábolas X Discursos;
6. Ego eimi.
B) Uma Teologia ou Teologias?
Questões...
Até que ponto a teologia do Quarto Evangelho é a
teologia de João, e não a de Jesus? Até que ponto é possível que o ensinamento
de Jesus tenha sido tão assimilado pela mente de João que seria possível dizer
que o que temos é uma interpretação Joanina, em lugar de uma representação
precisa do próprio ensino de Jesus?
C) Poderíamos ter três Teologias?
I.
Sinópticos— Tensão entre presente e futuro;
II.
João— Tensão entre o acima e abaixo, céu e terra (Jo
8. 23; veja 3.12); luz e trevas (18.36);
III.
Paulo— Evangelho do Reino X Evangelho de Cristo.
D) Possíveis influências:
I.
Helenização: “...o Evangelho de João foi 'o Evangelho dos Helenistas', escrito por
um pensador grego para os gregos; assinalando um ponto decisivo na helenização
da fé cristã“;
II.
Hermética: “... bem semelhante à linguagem peculiar da Hermética - uma
coleção de escritos religiosos produzidos no Egito, provavelmente, nos segundo
e terceiro séculos. Esses escritos têm muito a dizer sobre a luz e a vida,
sobre a palavra e sobre a salvação por meio do conhecimento, bem como sobre
regeneração ou novo nascimento;”
E) CONCLUSÃO
As semelhanças entre João e Qumran provam, no mínimo,
que a fraseologia e as ideias do Quarto Evangelho poderiam ter surgido na
Palestina no principio do primeiro século d.C. Esse fato, entretanto, não
responde à questão do porquê o Quarto Evangelho assumiu uma forma distinta. A
tese de que o Evangelho deve ser compreendido como um produto do pensamento
filosófico ou gnóstico helenístico tem pouca consistência para ser
recomendada." Entretanto, as semelhanças entre João e o pensamento helenístico
popular dificilmente podem ser consideradas acidentais, apesar das semelhanças
com os escritos de Qumran. A melhor solução parece ser que o evangelho de João
foi escrito, conforme sugere a tradição patrística, no final do primeiro
século, para refutar uma tendência gnóstica na Igreja. Uma indicação pode ser
encontrada na Primeira Epístola, que provavelmente teve a mesma origem do
Evangelho: a negação de que Jesus tivesse vindo em carne (1 Jo. 4:2). Havia
falsos mestres na igreja, que incorporaram o espírito do anticristo (1 Jo. 2:
18-19) e negaram o verdadeiro messiado de Jesus. Se o Evangelho, da mesma
forma que a primeira Epístola.” foi escrito para refutar um gnosticismo
incipiente, fica claro a razão para sua mensagem e terminologia particular.
João utiliza palavras e ideias familiares aos circulos gnósticos para refutar
essas próprias tendências gnósticas.
F)
História Teológica X Teologia da
História
Se os Sinópticos nos trazem a
história teológica, o Quarto Evangelho nos oferece a teologia da história. As duas palavras, história e
teologia, são necessárias em ambos os casos. O nível de elaboração de João em
relação aos principais elementos da tradição nos transmitem de modo infalível a
importância do Jesus histórico para a Igreja do tempo presente. E nesse sentido
podemos ter a certeza de que seu relato é verdadeiramente fidedigno.
1. História Teológica— foco na história
interpretação teológica;
2. Teologia da História— foco na
teologia sem deixar de contar a história.
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