terça-feira, 1 de maio de 2012

INTERPRETAÇÕES CONCERNENTES AO REINO DE DEUSAula 7 de TNT


O Reino de Deus
Segundo Bimestre
Aula 7 de TNT
INTERPRETAÇÕES CONCERNENTES AO REINO DE DEUS
“A Igreja constitui o povo do Reino, mas não pode ser identificada com o Reino
Interpretações possíveis:
                   I.            A antiga perspectiva liberal(A. Harnack )- pura religião profética ensinada por Jesus: a Paternidade de Deus, "a irmandade dos homens", o valor infinito da alma do indivíduo e a ética do amor;
                II.            Futurista - Johannes Weiss- totalmente futurista e escatológica;
             III.            Escatologia Consistente (Konsequerite Eschatologie de Albert Schweitzer), O ensinamento ético de Jesus estava designado somente para o breve intervalo antes da vinda do fim (ética do Ínterim), não para a vida comum dos homens na sociedade. Este autor acreditava que o Reino não havia chegado e que Jesus morreu em desespero e desilusão. Essa era a imagem do "Jesus histórico", como concebido por Schweitzer - um desiludido mestre apocalíptico do primeiro século.
             IV.            Escatologia Realizada (C.H. Dodd)-a ordem transcendente do tempo e do espaço que irrompeu na história por intermédio da missão de Jesus. Nele, o "totalmente outro" entrou para a história. Esse "totalmente outro", transcendental no pensamento de Dodd, é mais platônico do que bíblico. Nesse evento, tudo aquilo que os profetas esperavam há muito tempo era agora realizado na história. É isto o que Dodd quer dizer com "escatologia realizada". ...a característica mais distintiva sobre o ensino de Jesus foi a presença do Reino;
                V.            Presente e Futuro (Kummel)- ...consenso entre a maioria dos estudiosos, este é que o Reino é, tanto presente quanto futuro;
               VI.            Escatologia em Processo de realização (Joachim Jeremias)- Com a mensagem de Jesus a respeito do Reino de Deus e seus milagres de expulsão de demônios, o Reino irrompeu na história. Entretanto, Jesus aguardava uma consumação escatológica iminente do Reino, a qual envolveria sua própria ressurreição e parousia;
          VII.            Dispensacionalista-  há distinção entre o Reino(R.) de Deus e o R. dos Céus. O Reino dos Céus é o domínio dos céus (Deus) sobre a terra e refere-se ao R. teocrático de natureza terrena prometido a Israel do A. T.. O princípio básico é que há dois povos de Deus — Israel e a Igreja — com dois destinos, sob dois programas divinos. O R. de Deus é o domínio real de Deus, que tem dois momentos: um cumprimento das promessas do  V. T. na missão histórica de Jesus e uma consumação ao fim dos tempos, inaugurando a Era Vindoura.

O Deus do reino
      Se o reino significa o domínio de Deus, então todo aspecto do Reino deve ser derivado do caráter e ação de Deus.
      A presença do Reino deve ser interpretada a partir da natureza da atividade que Deus realiza no presente, e o futuro do Reino é a manifestação redentora se seu governo real no final dos tempos.
O Deus que busca, convida, Pai e que julga 
1)      Busca- O centro das “boas-novas” sobre o Reino é que Deus tomou a iniciativa de buscar e achar aquele que se havia perdido.
2)      Convida- O Deus que busca é também o Deus que convida, Jesus descreveu a salvação escatológica  em termos de um banquete ou festa para a qual muitos foram convidados.
3)      Pai- Existe uma relação inseparável entre o Reino de Deus e a sua Paternidade, e é particularmente notável que esta afinidade entre os dois conceitos aparece mais frequentemente num contexto escatológico;
4)      Juiz- Deus é o amor que busca, mas também é o amor que é santo. Ele é o Pai celestial e o seu nome deve ser reverenciado(Mt 6.9). Portanto os que rejeitam a oferta do seu reino deverão sujeitar-se ao seu julgamento.

O REINO E A IGREJA
      A igreja é a comunidade do Reino, mas nunca o próprio Reino. Os discípulos de Jesus pertencem ao Reino como o Reino lhes pertence, mas eles não são o Reino. O Reino é o domínio de Deus; a igreja é uma sociedade composta por seres humanos.
O fato de não ser a igreja o reino pode ser explicado através de cinco pontos:

Governo e Reino de Deus
1º.A igreja não é o Reino
      O Novo testamento não iguala os crentes com o Reino. Os primeiros missionários pregaram o Reino de Deus, não a Igreja (At 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). Nessas expressões, é impossível substituir a palavra reino por igreja.
2º. O Reino cria a Igreja
      O Reino gera a Igreja. O domínio dinâmico de Deus, presente na missão de Jesus, desafiou os homens a manifestarem uma resposta positiva, introduzindo-os em um novo grupo de comunhão. “A igreja não é senão o resultado da vinda do Reino de Deus ao mundo por intermédio da missão de Jesus Cristo.
3º. A Igreja dá testemunho do Reino
      É missão da Igreja dar testemunho do reino. Este testemunho refere-se aos atos redentores de Deus em Cristo, tanto no passado quanto no futuro (Mt 10; Lc 10). Israel já não é mais a testemunha do Reino de Deus; a igreja assumiu o seu lugar.

4º. A Igreja é instrumento do Reino
      A igreja é considerada a agência do Reino. Quando saíram a pregar a mensagem a respeito do Reino de Deus, eles também curaram os enfermos e expulsaram os demônios (Mt 10:8; Lc 10:17). Diante do poder do Reino de Deus operado através da Igreja, a morte perdeu o seu poder sobre os homens e é incapaz de vindicar uma vitória final (Mt 16:18).

5º. A Igreja é detentora do Reino
      A Igreja é guardadora do Reino. A nação israelense, como um todo, rejeitou a proclamação do evento divino em Cristo Jesus, mas aqueles que o aceitaram tornaram-se os verdadeiros filhos do Reino, passando a desfrutar de suas bênçãos e do seu poder. O Reino é tirado de Israel e dado à Igreja (Mc 12:9).

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